terça-feira, 28 de janeiro de 2020

Meus Pitacos sobre a Cielo (CIEL3): não é recomendação de compra/venda/manutenção

A Cielo soltou ontem o balanço anual de 2019. O resultado veio abaixo das expectativas. O lucro líquido fechou o ano em R$ 1,5 bi, abaixo do guidance lançado no começo de 2019 de R$ 2,6 a 2,3 bi. Isto mostra que é muito difícil prever o que acontecerá no mercado de meios de pagamentos com tantas novas regulações (especiamente o modelo full acquirer) e tecnologias disrruptivas (pagamentos instantâneos, apps de pagamentos como mercado pago, ame, picpay).

Então aqui vão minhas considerações sobre o assunto:

1) Stone e UOL vieram com sangue nos olhos, muito dinheiro de aportes, do IPO em dólar e com estrutura bem enxuta para ganhar share com rentabilidade (margem líquida 20 a 30%) mesmo tendo taxas menores do que a CIEL. No final do dia, é um mercado comoditizado, quem tem menor taxa leva o cliente.

2) Adquirência é o elo mais fraco do ecossistema Visa/Mastercard. As bandeiras e emissores são bem mais resilientes. Meios de pagamento são impermanentes, pergunta para alguém mais novo se ele já assinou um cheque na vida.

3) O mercado livre vem aí esse ano competir nesta área. E vem com muitos clientes...

4) Dito isto, a Cielo pode a qualquer momento cortar custos e parar de crescer nas top lines do DRE (Volume, Receita) e melhorar as bottom lines (Lucro líquido, EBITDA, margem líquida). Ainda domina o mercado (maior market share).

5) Os EUA são uma janela para o futuro. Sendo o país mais capitalista e liberal do mundo, cultura de trabalho, "american dream" a competição é maior. Tem muita gente boa do mundo todo morando lá e querendo ganhar dinheiro. Este processo de perda de margem das acquirers vem desde 2013 por lá. As margens destas empresas como Worldpay/Vantiv, FirstData, Elavon são bem apertadas (<10%) e até negativas.

6) Este processo de maior concorrência é bom para quem quer ter uma maquininha, varejistas, empresas. As margens sairam da Cielo e Rede para serem pulverizadas entre os comerciantes, profissionais liberais etc e a concorrência.

M.I

quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

Atualização DEZ/19 (R$ 114.779,86)

Primeiramente, gostaria de desejar um feliz 2020 cheio de realizações para os leitores.

Foi mais um mês de alta na bolsa e a carteira correspondeu valorizando +10,46%. A reestruturação da Tecnisa (TCSA3) tem chamado mais atenção nos últimos tempos, a própria empresa tem feitos muitos eventos com analistas. Estou acreditando neste projeto principalmente na entrada que fiz a R$ 1,18 em outubro/19 (a ação fechou o ano em R$ 1,83) +55%.

Esperarei uma correção na bolsa para próximos aportes. Além disto, o Banco do Brasil (BBAS3) está perto do meu preço de venda próximo dos R$ 54,00. Provavelmente teremos uma venda de 100 ações em breve (a compra foi a R$ 28,04 durante a greve dos caminhoneiros em 2018).

Patrimônio:

Ativos:

Distribuição da carteira:

Proventos do mês:

Abraços,

M.I